quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Peça: “Michael e Eu” parte de uma ótima ideia, mas se perde no texto ralo

Olá

Em junho de 2009, quando Michael Jackson morreu, prematuramente, aos 50 anos, o operador de áudio Leandro Lapagesse não teve dúvida: partiu para o velório do cantor em Los Angeles. Não era para menos: ele é dono de uma coleção de 10.000 itens relacionados ao astro e ainda ostenta cinco tatuagens em homenagem ao ídolo. Esse personagem singular inspira “Michael e Eu”, comédia dramática de Marcelo Pedreira com direção de Ivan Sugahara, em cartaz no Teatro do Leblon.


No palco, Leo (Pedro Henrique Monteiro) é o alter ego de Lapagesse. Fã obcecado, ele surta quando o cantor morre. O maior símbolo de sua eterna conexão com o astro é a pulseirinha que ganhou para entrar no funeral de Michael Jackson — e não consegue arrancar. Desesperado, procura Doc (Bruno Garcia), um psicólogo iconoclasta.

A boa premissa se esvai no texto raso de Pedreira, uma sucessão de cenas muito parecidas, com médico e paciente em confronto por causa dos hábitos esquisitos de Michael Jackson. Nada parece encaminhá-los para o desfecho do espetáculo. A inserção de videoclipes do cantor ao longo da montagem emperra a dramaturgia, mas garante a empatia de quem conhece as músicas. É o que diverte a plateia, ao lado da atuação de Garcia. O ator consegue dar graça a um personagem pouco desenvolvido.

Michael e Eu (80min). 12 anos. Estreou em 17/8/2012. Teatro do Leblon — Sala Marília Pêra (417 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, 2529-7700. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 50,00 (qui.), R$ 60,00 (sex. e dom.) e R$ 70,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até dia 30.

Fonte: News Press Release's

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