Olá.
Eu já tinha visto a tão comentada parte do show que o Snoop Dogg fez domingo passado no festival Coachella, nos Estados Unidos, em que fez um “dueto” com um holograma do rapper Tupac Shakur, que foi assassinado 16 anos com um monte de tiros, cantando “Gangsta Party”, “Come With Me” e “Hail Mary”. Até aí, nada demais. Afinal de contas, tantas bandas e artistas já botaram imagens de gente morta em shows para cantar junto de – Natalie Cole ao Queen — que o caso do Snoop Dogg seria apenas mais um…
Eu escrevo “seria” porque tal iniciativa — muito bem feita em termos tecnológicos, diga-se de passagem — acabou por desencadear uma das maiores ondas de picaretagens que vamos ver o desprazer de presenciar. E escrevo “vamos ver” porque não apenas o Snoop Dogg e o seu mentor Dr. Dre estão organizando toda uma nova turnê baseada na receptividade positiva que tal ‘trucagem’ obteve por parte do público e da chamada “imprensa especializada”, como já tem gente se reunindo para faturar em cima desta experiência visual “pós-morte”. Adivinhe quem?
Se você respondeu qualquer nome com o sobrenome “Jackson”, acertou. Os irmãos do Michael Jackson, mais o pai empresário e mau caráter, já mandaram sua assessoria de imprensa espalhar em todas as mídias que vão fazer a mesma picaretagem com as imagens do irmão morto e mais famoso. Ainda mais incrível é o fato de alguns irmãos já citarem em entrevistas que Michael certamente estará presente em espírito a estas apresentações e que eles mesmos tiveram esta ideia dois anos atrás para um “show em homenagem” ao esquisito e falecido cantor para o Cirque Du Soleil. A cara de pau de certos sujeitos é tamanha que eles devem lavar o rosto pela manhã com lustra-móveis…
Basta olhar para a fisionomia do pai do Michael Jackson e sacar que o sujeito é do mal, daqueles que exala uma energia tão ruim que chega a cheirar a enxofre. Basta olhar para os semblantes dos irmãos de Michael — com exceção de Janet e da própria mãe - para notar o desespero pela notoriedade perdida em algum lugar do passado. Pode apostar que estes cúmplices de estelionato visual vão até mesmo cantar algumas músicas do irmão mais famoso, para desgosto do espírito do falecido, que nunca escondeu o pouco apreço que tinha pela família quando começou a ficar branco e cada vez mais rico.
Toda esta falcatrua não seria tão valorizada se não houvesse um cúmplice perfeito para isto: o público. Quando escrevi a respeito da falta de educação das plateias em qualquer show, citei o fato de que hoje muita gente vai assistir a uma apresentação munida de câmeras e celulares, preferindo muitas se concentrar nas imagens captadas do que naquilo que está rolando em cima do palco, ao vivo. Volto a repetir: as pessoas preferem vivenciar qualquer experiência de modo indireto, ignorando a realidade que se desenrola ali na sua frente. É uma espécie de “voyeurismo acomodado”. Incrível.
É justamente esta união de fatores que vai tornar esta história de “hologramas vivos” em uma picaretagem nauseante. Se prepare para ver Freddie Mercury, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain e mais um monte de outros cadáveres sendo ressuscitados pela tecnologia para tira uma bela grana de um monte de otários.
Esperem e verão…
Lyllyan do News Press Release's
Fonte: News Press Release's
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